Moeda da traição de Judas!
**Moeda da traição de Judas**
**Peça em excelente estado de conservação e certificada NGC**
Moeda Fenícia Shekel de Tiro (126/5 a 67/68 dC) Certificada NGC XF
Datada 74/73 aC ( ΓΝ)
Anverso: Busto laureado de Melkart a direita. TYPOY IEPAΣ KAI AΣYΛOY
Reverso: Águia parada à esquerda sobre proa, folha de palmeira sobre a asa; para a esquerda, ΓΝ (data) acima do tacape no campo esquerdo. Z à direita, B fenício entre as pernas da águia.
HGC-10, 357.
Dimensões:
Refc12265 (Estimada em 49k)


Uma das cidades fenícias mais importantes, Tiro, esteve sob o domínio da dinastia ptolemaica do Egito e, posteriormente, da dinastia Selêucida, desempenhando um papel fundamental para ambas as dinastias helenísticas. No entanto, em 126 a.C., a cidade de Tiro conquistou sua autonomia em relação ao reino selêucida. Ao inaugurar sua independência política, a cidade também demonstrou sua autonomia econômica imediatamente, emitindo sua própria moeda e datando-a dessa nova e grandiosa era para Tiro.
A moeda escolhida para essa emissão (conhecida como moeda cívica) foi o chamado Shekel de Tiro - uma moeda de prata de dimensões aproximadas aos tetradracmas ptolemaicos e selêucidas cunhados anteriormente (vale lembrar que a oficina de Tiro estava acostumada a cunhar tais moedas para os impérios que a controlavam). Essa prata cívica apresenta em seu anverso uma representação de sua própria cultura: a cabeça do Deus Melqart, enquanto em seu reverso exibe uma águia sobre uma proa - possivelmente um vestígio da cunhagem ptolemaica.
Além disso, siclos e meios-siclos foram cunhados durante quase os dois séculos seguintes, sendo amplamente disseminados também na cidade vizinha da Judeia. É importante destacar que o shekel de Tiro tornou-se a moeda internacional mais importante naquela região durante esse período. Uma das características que justificam esse status é a alta pureza de sua prata. Por essa razão, as autoridades judaicas consideravam o shekel de Tiro como a moeda a ser utilizada pelos judeus para pagar suas dívidas anuais no Templo.
Em 1982, Ya'akov Meshorer especulou que as cunhagens de Tiro após 18 a.C., a maioria delas marcada com as iniciais da casa da moeda KP, foram realmente feitas em Jerusalém. Essa teoria foi amplamente contestada e está atualmente em dúvida, embora seja provável que o propósito principal da cunhagem das moedas de prata de Tiro desde o início até meados do primeiro século d.C. fosse para o pagamento do imposto do Templo. Por essa razão, acredita-se que as "30 moedas de prata" do Novo Testamento (Mateus 26, 14-15), pagas a Judas por trair Jesus, quase certamente teriam sido exemplares desse mesmo tipo, o Shekel de Tiro.