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Moeda Grega Dracma da Trácia - Istros Ca. 400-350 aC.

Moeda Grega Dracma da Trácia - Istros Ca. 400-350 aC.
Anverso: Duas cabeças masculinas (irmãos Dioscuros) lado a lado, a cabeça da esquerda invertida.
Reverso: IΣTPIH, Águia do mar à esquerda sobre golfinho, A abaixo.
Dima Group IV, Subgroup IV, 3; AMNG I 417 var. ; HGC 3, 1802.
Dimensões: 4,56gm; 18mm
Refc5004 

História
A história grega da Trácia e Istros é rica e complexa, marcada pela interação entre as culturas grega e local. A Trácia, localizada na região sudeste dos Bálcãs, abrangia parte das atuais Grécia, Turquia e Bulgária, e era habitada por tribos trácias que compartilhavam similaridades culturais e linguísticas com os gregos (Boardman, 1982; Archibald, 1998). A região era rica em recursos naturais, como ouro e prata, o que a tornava atraente para as potências vizinhas (Delev, 2003). No século V a.C., a Trácia foi parcialmente conquistada pelo Império Aquemênida (Cohen & Manville, 1997) e, posteriormente, pelos macedônios sob o comando de Filipe II e seu filho Alexandre, o Grande (Hammond, 1988).
Istros, também conhecida como Histria, foi uma colônia grega na costa oeste do Mar Negro, na atual Romênia. Fundada no século VII a.C. pelos colonos de Mileto, uma cidade grega da Ásia Menor, Istros tornou-se um importante centro comercial e um ponto de intercâmbio cultural entre os gregos e as populações locais (Bouzek, 2002). A cidade prosperou até o século III d.C., quando foi destruída pelos godos (Iorga, 1923).
A moeda mais conhecida de Istros é o dracma de prata, que apresenta um design distintivo de dois rostos invertidos, um de frente para o outro, com um olho comum (Jenkins, 1990). Este design é uma representação dos deuses gêmeos Apolo e Ártemis, ou, em algumas interpretações, dos dióscuros Cástor e Pólux. Os dracmas de Istros foram cunhados entre os séculos V e III a.C. e, além do design icônico dos rostos invertidos, também apresentavam a imagem de uma águia segurando um golfinho, que simbolizava a ligação da cidade com o mar e seu papel como centro comercial marítimo (Price, 1991).
Em suma, a história grega da Trácia e Istros é caracterizada pela riqueza cultural e pela interação entre os gregos e as populações locais. O dracma de Istros com rostos invertidos é um exemplo impressionante da arte e do simbolismo monetário da época, ilustrando a conexão entre a colônia e a cultura grega.

Referências:
Archibald, Z. H. (1998). The Odrysian Kingdom of Thrace: Orpheus Unmasked. Oxford: Clarendon Press.
Boardman, J. (1982). The Cambridge Ancient History: Persia, Greece, and the Western Mediterranean c. 525 to 479 B.C. Cambridge: Cambridge University Press.
Bouzek, J. (2002). Studies of Greek Pottery in the Black Sea Area. Prague: Czech Institute of Egyptology.
Cohen, G. M., & Manville, P. B. (1997). The Achaemenid Empire: The First Great Persian Empire. London: Routledge
Delev, P. (2003). Thrace from the Assassination of Kotys I to Koroupedion (360-281 BC). In Valeva, J., Nankov, E., & Graninger, D. (Eds.), A Companion to Ancient Thrace (pp. 48-62). Chichester: Wiley Blackwell.
Hammond, N. G. L. (1988). Philip of Macedon. London: Duckworth.
Iorga, N. (1923). Istros et les Grecs. Bulletin de la Section Historique, 10, 63-74.
Jenkins, G. K. (1990). Ancient Greek Coins. London: Seaby.
Price, M. J. (1991). The Coinage in the Name of Alexander the Great and Philip Arrhidaeus: A British Museum Catalogue. Zurich: Swiss Numismatic Society.

Moeda Grega Dracma da Trácia - Istros Ca. 400-350 aC.

SKU: 5004
R$ 7.980,00Preço
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