Moeda Romana Aureus de Nero (54-68 dC)
Cunhada em Roma em cerca de 65-66 dC.
Anverso: NERO CAESAR AVGVSTVS. Busto laureado de Nero à direita.
Reverso: Salus sentada à esquerda em um trono, segurando uma patera na mão direita e repousando a mão esquerda no colo; inscrição: SALVS.
C 313; RIC 59; Calicó 443a.
Dimensões: 18,80 mm; 7,18 g.
Refc10793
Contexto Histórico:
Nero Cláudio César Augusto Germânico, nascido em 37 dC e imperador de 54 a 68 dC, foi o último governante da Dinastia Júlio-Claudiana. Sua ascensão foi marcada pela influência de sua mãe, Agripina, que orquestrou a morte de Cláudio para assegurar o trono ao filho. Inicialmente aconselhado por Sêneca e Burrus, Nero governou de forma moderada, mas rapidamente enveredou por uma liderança tirânica e extravagante.
A cunhagem deste áureo reflete o papel simbólico de Salus, a deusa da saúde e segurança, em um período de crescente instabilidade. Em 65 dC, o Império enfrentava a Conspiração de Pisão, uma tentativa de golpe frustrada que levou à execução de muitos senadores e intelectuais, incluindo Sêneca. A escolha de Salus no reverso pode ter servido para reforçar a ideia de que a "saúde" do Estado dependia da continuidade do governo de Nero.
Nero é lembrado por sua paixão por artes e sua extravagância, patrocinando jogos e espetáculos grandiosos. A construção da monumental Domus Aurea após o Grande Incêndio de Roma (64 dC) reforçou sua imagem de déspota. Sua tirania e perseguições, especialmente contra cristãos, alienaram a aristocracia e o exército.
Enfrentando revoltas nas províncias e perda de apoio no Senado, Nero foi declarado inimigo público e cometeu suicídio em 68 dC, encerrando uma era marcada por excessos e mudanças políticas dramáticas. Sua morte abriu caminho para a guerra civil que culminaria na ascensão de Vespasiano e na fundação da Dinastia Flaviana.
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