**Morto na Batalha de Adrianópolis, em 9 de agosto de 378**
**Imperador escasso - Valens**
Moeda Romana de Valens (364-378 dC)
Cunhada na 3ª oficina Thessalonica em 365 dC
Anverso: D N VALEN-S P F AVG. (Dominus Noster Valens Pius Felix Augustus = Nosso senhor Valens piedoso feliz augusto). Busto de Valente com diadema, drapeado e blindado à direita, visto três quartos para frente.
Reverso: GLORIA RO-MANORVM (“Gloria Romanorum” = A glória dos romanos). Enxergo: TES-Γ. Valens em pé à direita, vestido militarmente, segurando o lábaro crismado na mão esquerda e o cabelo de um cativo ajoelhado na mão direita.
LRBC.1705
Dimensões:
Refc12489 

Valens, imperador romano de 364 a 378 d.C., é frequentemente lembrado por seu papel nos eventos que levaram à Batalha de Adrianópolis, uma das mais desastrosas derrotas militares de Roma, que marcou um ponto de inflexão no declínio do Império Romano do Ocidente. Ascendendo ao poder após a morte de Joviano e a divisão do império entre ele e seu irmão Valentiniano I, Valens governou a parte oriental do império. Seu reinado foi marcado por desafios internos e externos, incluindo a gestão da relação com os godos e a adesão ao arianismo, uma doutrina cristã considerada herética pela ortodoxia nicena. A decisão de Valens de permitir a entrada de grandes números de godos refugiados no império em 376, fugindo dos hunos, e sua subsequente incapacidade de acomodá-los adequadamente, culminou em rebelião e conflito.
A Batalha de Adrianópolis, em 9 de agosto de 378, onde Valens foi morto, destacou-se não apenas pela derrota romana, mas também por suas amplas consequências políticas e militares. A batalha evidenciou a crescente dependência romana de contingentes bárbaros no exército e a falha em integrar essas forças de maneira eficaz. Além disso, a morte de Valens e a subsequente falta de liderança forte no Oriente enfraqueceram a posição romana frente aos godos e outros grupos bárbaros, precipitando futuros conflitos e incursões. O reinado de Valens, portanto, é crucial para entender as dinâmicas internas e externas que eventualmente levaram às dificuldades enfrentadas pelo Império Romano nos séculos subsequentes, destacando a complexidade das relações entre romanos e bárbaros e as tensões religiosas que caracterizaram este período turbulento da história.