Moeda Romana Escassa de Júlio César (48-47 aC).
Cunhada na Ásia 48-47 aC.
Anverso: Cabeça diademada de Vênus à direita.
Reverso: CAESAR Aeneas avançando a esquerda, carregando paládio em uma mão e Anchises sobre o ombro.
Babelon Julia 10. C 12. Sydenham 1013. Sear Imperators 55. Woytek Arma et Nummi, p. 218 ss. RBW 1600. Crawford 458/1.
Dimensões: 3,59 gm; 16 mm.
Refc4688
Júlio César, Enéas e a virtude romana
Os cunhadores dessa moeda de Júlio César na África fizeram um tipo que com a cabeça diademada de Venus no anverso e Enéas no reverso avançando à esquerda, carregando Anchises e Palladium. O anverso rememora que genus Iulia reivindicou a descida direta de Vênus através de Enéas; e César dedicou um culto público a esta deusa para lembrar que Vênus Genetrix é sua progenitora, como a antepassada divina do Populus Romanus e da genus Iulia. No reverso aparece aqui uma referência às histórias de de Enéas, lembrando a ascendência nobre. Fontes antigas descrevem a fuga de Enéas de Tróia, quando o herói convence Anchises a ser carregado porque no início o pai idoso se recusa a tentar, não desejando suportar o exílio (Virg., Aen., II: 634-49). Enéas mostra respeito pela piedade filial resgatando seu pai e se torna uma figura emblemática da virtude romana. O mito de Enéas é usado como propaganda de César, não só enfatizando as veneráveis origens da gens Iulia (sua família), mas também para apresentar um mote de pietas, de fidelidade, respeito e afeto. Os troianos foram a Itália para fundar Roma e levaram Palladium, a antiga estátua de madeira de Palas Atena, sobre a qual se dizia que a segurança de uma cidade dependia.
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SKU: 4688
R$ 13.200,00Preço
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