**Moeda RARA. Classificada R3 segundo RIC VII**
**Classificada como R3 (apenas 4 a 6 exemplares presentes nas coleções examinadas por RIC VII)**
Moeda Romana RARA (R3) de Licinius II (1º de março de 317 – setembro de 324)
Cunhada entre 321 e 324 dC na oficina de Nicomédia.
Anverso: D N VAL LICIN LICINIVS NOB C, busto com elmo e couraça de Licinius II à esquerda, visto de três quartos de frente, segurando uma haste com a mão direita, apoiada no ombro direito, e um escudo no ombro esquerdo.
Reverso: IOVI CONS-ERVATORI, Júpiter nu, em pé à esquerda, com manto sobre o ombro esquerdo, segurando um globo nicéforo na mão direita e um cetro encimado por uma águia na mão esquerda; aos seus pés, à esquerda, uma águia virada à esquerda com a cabeça voltada à direita, segurando uma coroa no bico; à direita, um cativo sentado, com as mãos amarradas nas costas, virado à esquerda. No exergo: SMN; no campo direito: X/IIM.
Referências: C.21; RIC 7 - 49 (R3). Bruun (1966).
Dimensões: 19 mm; 2,27 g.
Refc13043

Contexto Histórico:
Licinius II, cujo nome completo era Flavius Valerius Constantinus Licinianus Licinius, era filho de Licinius I e de Flávia Júlia Constantia, irmã de Constantino, o Grande. Ele foi elevado ao título de César em 1º de março de 317, junto com seus primos Crispus e Constantino II, como parte de um acordo entre Licinius I e Constantino para estabilizar o governo imperial.
No entanto, a derrota de Licinius I por Constantino em 324 resultou na queda de sua família. Apesar de sua tenra idade, Licinius II foi poupado inicialmente, mas acabou sendo executado dois anos depois, provavelmente por estrangulamento, a mando de Constantino, em um contexto de consolidação do poder e eliminação de possíveis rivais.
A iconografia desta moeda reflete a ideologia imperial de proteção e legitimidade divina. O reverso apresenta Júpiter, o principal deus romano, como protetor dos governantes ("Iovi Conservatori"), segurando o globo nicéforo, que simboliza o domínio universal, e um cetro encimado por uma águia, representando o poder celestial. A presença do cativo subjugado e da águia coroada enfatiza o poder militar e a vitória do imperador sobre seus inimigos.